O Jardim das Delícias Terrenas
Coisas estranhas e improváveis germinam no jardim da Les Fleurs (du Mal). Guitarras cultivadas no Punk, teclados serpenteantes, influências literárias, sombras góticas, desvarios psicodélicos, um humor pythonesco… Rock autoral com um cheiro oitentista. Perdido? Aqui você encontrou morada.
No final de 2002 André ensaia alguns covers com Reginaldo Maciel. Depois de procurar sem sucesso por um guitarrista que topasse tocar sons mais na linha alternativa, André assume o posto. A ideia era uma banda. Ainda como dupla se apresentam em um dos primeiros saraus da OCA - Ong Cultura e Atitude. Em 2003 Les Fleurs (du Mal) estreia como um quarteto: Reginaldo (voz e guitarra), André (guitarra), Eduardo (bateria) e Osterval (baixo). Além de irmão do Dú (guitarrista do Authopsia) Osterval foi companheiro do Richard na Rico Alento Blues Band. Entre covers inusitados pelo circuito de bares de Itatiba e região e os eventos culturais em apoio às mais diferentes causas o Les Fleurs (du Mal) virou um quinteto e começou seu trabalho autoral.
Foram dois anos de shows, parcerias, vários bateristas e baixistas. Saldo final: em Ep e dois álbuns. O fim do Les Fleurs coincidiu com as comemorações de 20 anos do Harry. Richard se envolveu com a elaboração do box que reúne todas as gravações da banda. André vai para o Japão. Richard e Reginaldo começaram um novo projeto chamado Ultraphones, mas a coisa não foi adiante e cada um seguiu seu caminho.
Com o retorno de André em 2010, o Les Fleurs (du Mal) volta a se reunir. A cena musical em Itatiba é outra. As bandas que fazem o circuito de barzinhos incorporaram muitas influências apresentadas pelo Les Fleurs. Em um primeiro momento como trio, explorando baterias eletrônicas e sequencers, a banda começa a trabalhar em novas ideias e novas parcerias. Bateristas e baixistas vêm e vão. Em 2012 lançam o álbum do retorno, Pandora's Pussy. Com a chegada do baixista Nilton Raganin e do baterista Rafael Presotto Les Fleurs (du Mal) se estabiliza como quinteto. Em 2017, vários projetos em andamento são interrompidos devido à inesperada morte do baixista Nilton Raganin. Após essa fatalidade a banda foi se reorganizando. Andrezinho, filho do André Fujiwara, assume o baixo e os projetos vão sendo retomados. Até o momento já são um álbum e dois EPs e vem coisa por aí.